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Boletim 08

Boletim nº 08

Dezembro 2017
HISTEDUP_boletim08

EDITORIAL

Regressamos a este espaço numa altura em que no horizonte já se vislumbra o primeiro cruzamento de um caminho que resolvemos fazer juntos. A Direção e todos os órgãos estatutários que com ela colaboraram de forma irrepreensível e amiga, só podem orgulhar-se do espaço percorrido e das sementes que aí foram sendo lançadas. Iniciativas, consensos, capacidade de internacionalização, diálogos assertivos, assunção de riscos, demarcação de um espaço científico credível, identidade gráfica, foram algumas das marcas que, sem modéstia, consideramos que legamos neste mandato.
Os vários Encontros e Congressos realizados e a capacidade de nos projetarmos agora para um maior risco em termos de grandes iniciativas internacionais, prova a nossa vitalidade e o nosso reconhecimento externo junto de várias entidades, sociedades, organismos e, sobretudo, colegas que, como nós, trabalham no sentido de afirmarem um espaço de investigação.
As várias publicações a que nos associamos em parcerias com centros de investigação, Câmaras ou instituições, revelam a credibilização do grupo reconhecido que hoje somos, a confiança que em nós depositam, a imprescindibilidade da nossa consulta ou participação para iniciativas na área da História da Educação.
Os variados grupos de trabalho que fomos constituindo para as múltiplas iniciativas, tiveram sempre a preocupação de associar “veteranos” a “jovens”, experiência a inovação, disponibilidade para partilhar com capacidade e vontade para receber. Desta feliz simbiose resultaram reciprocidade de ensinamentos mas, sobretudo, confiança creditada para o futuro. É uma via em que haverá necessidade de continuar a apostar, trazendo, enquadrando, incentivando, dando e criando novos espaços, para todos aqueles, e são ainda muitos, que, de forma académica ou não, continuam empenhados em investir na História da Educação.
Óscar Wilde dizia que “o verdadeiro mistério do mundo está no visível e não no invisível”. É verdade, mas também será, ir dando espaço de visibilidade a um conjunto de investigadores que, trabalhando na sombra, podem correr o risco de passarem despercebidos ou ignorados. A HISTEDUP precisa muito deles para transformar o esporádico em perene, para dar sentido a um grupo que só pode orgulhar-se do que tem realizado e continuará a realizar, mas sabendo também que o melhor que pode deixar será o gosto por este caminho investigativo.
Desta articulação entre jovialidade e experiência resultará por certo uma associação mais consistente e com projetos ainda mais ambiciosos no contexto das Humanidades em Portugal. Para isso há também que fidelizar os que já nos acompanham e criar condições para trazer novos idealistas, isto é, alguém que potencie a necessária renovação.
Acreditamos que a “espantosa realidade das coisas” passa por novos desafios que em conjunto teremos de assumir. Também já sabemos que muitas vezes o melhor caminho é o menos conhecido, o que implica maior ousadia e risco. Mas a realidade deste mandato tem-nos ensinado que vale a pena percorrê-lo, com o senso para encarar as realidades, com a alegria do incentivo que não nos faltou, com o aconchego da amizade que esteve sempre presente, com o reconhecimento, mais individual ou coletivo, que, embora não precisando, nos soube bem ouvir da parte de quem sempre muito consideramos.
A alegria da realidade destas coisas (que parecem pormenores mas não o foram) foi “o bastante” para expressarmos aqui e agora um sentimento visível de gratidão e uma esperança espantosa na prossecução deste desafio HISTEDUP.

A Direção